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Seleção simplificada para bolsistas do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Cientifica (PIBIC)

Data da publicação: 23 de julho de 2021 Categoria: Sem categoria

O projeto de pesquisa “Trabalho mediado por plataformas digitais: análise de experiências em Comunicação Social”, submetido pela professora Helena Martins, foi contemplado com duas bolsas de pesquisa, sendo uma remunerada e outra voluntária. A bolsa remunerada é de R$ 400.

Da seleção
Devido aos prazos definidos pela pró-reitoria, a seleção se dará, infelizmente, em um tempo muito exíguo, por isso será feita uma seleção simplificada.

Estudantes interessadas/os em participar da seleção devem enviar até o dia 30/07/2021 para o e-mail: helena.martins@ufc.br, os seguintes documentos:

– Currículo
– Histórico de graduação
– Uma carta de intenções, descrevendo, em até uma página e meia, sua trajetória e por qual razão você tem interesse em participar da referida pesquisa e contribuir com seu desenvolvimento. (Formato do texto: Fonte: Times New Roman, Tamanho: 12, espaçamento 1,5)

Preferência será dada para estudantes que:

– Estejam cursando a segunda metade do curso de Graduação (em qualquer curso);
– Tenha experiência em pesquisa;
– Participem ou venham a participar do Telas – Laboratório de Pesquisa em Economia, Tecnologia e Políticas da Comunicação, grupo coordenado pela professora Helena Martins e que tem debatido temas relacionados à pesquisa proposta;
– O enquadramento da/o candidata/o em situação de vulnerabilidade socioeconômica, conforme definição estabelecida pela UFC, será considerado como critério de desempate na seleção.

Critérios para os estudantes estabelecidos no edital da UFC:

– Deve ser estudante regularmente matriculado(a) em curso de graduação da UFC e possuir currículo atualizado na Plataforma Laes do CNPq;
– Poderá ter, no máximo, 3 (três) reprovações no histórico escolar;
– Não estar em processo de conclusão do curso;
– Deverá comprometer-se a ter disponibilidade de tempo e dedicar-se, no mínimo, 16 (dezesseis) horas semanais às atividades de pesquisa;
– Não poderá, no período de vigência da bolsa, ter vinculo empregatício ou participar de qualquer outro programa de bolsa, interno ou externo à UFC, inclusive na modalidade de voluntário ou de estágio.

Da pesquisa

O avanço da análise sobre as relações entre tecnologia, informação, comunicação e capitalismo passa pela assunção de um novo paradigma relacionado às tecnologias da informação e comunicação (TIC), cuja expansão está diretamente relacionada ao aprofundamento da digitalização da economia capitalista. O espraiamento do suporte digital da informação ao mesmo tempo respondeu às demandas gerais do sistema pela informacionalização das atividades econômicas, especialmente da circulação de ativos no mercado financeiro. Enquanto no segmento de comunicação esta abriu espaço para uma convergência entre informática, telecomunicações e indústria de mídia, na economia em geral este novo macrossetor fixou a infraestrutura e as bases tecnológicas para um novo patamar de subsunção do trabalho ao capital, agora do trabalho intelectual codificado em informação.

Na análise do mundo do trabalho, a situação atual tem levado à proposição de conceitos como uberização (SLEE, 2018), trabalho digital (FUCHS, 2014) e trabalho mediado por plataformas (VALENTE, MARTINS, 2020). Também são discutidas as características da classe trabalhadora e das relações trabalhistas no tempo presente (ANTUNES, 2018; HUWS, 2017), bem como possibilidades de arranjos solidários e do uso das plataformas para sustentação de cooperativas (GROHMANN, 2020; SCHOLZ, 2016). No campo da Comunicação, a plataformização atual reforça tendências de mudanças já diagnosticadas com a convergência audiovisual-telecomunicações-informática (MARTINS, 2018), que incluem novas formas de produção da notícia, realização de diversas atividades praticamente de forma simultânea, ampliação da jornada e desregulamentação (PEREIRA, ADGHIRNI, 2011), bem como demissões em massa, pejotização e outras formas de precarização.

O foco da pesquisa proposta está em plataformas que se apresentam como mediadoras de atividades de trabalho de “freelancers”. Especificamente, o trabalho analisará as plataformas 99 Freelas, Freelancer.com.br e Comunica Freelancer (ou semelhantes, a depender das possibilidades de pesquisa). Interessa discutir: Como está sendo reconfigurada a exploração do trabalho no setor da Comunicação Social? Quais os conceitos utilizados para nomear esse tipo de atividade e o que eles significam? Quem são os/as trabalhadores/as que se submetem à mediação das plataformas digitais? As relações entre plataforma, trabalhadores e empregadores são formalizadas? A gestão das informações e processos nas plataformas pode engendrar práticas de vigilância?

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