Sobre o curso
O curso de Comunicação Social – Publicidade e Propaganda surgiu em Fortaleza sob a demanda de um mercado publicitário carente de profissionais com formação teórica mais sólida. Até então, trabalhavam nele jornalistas e profissionais graduados em outras áreas ou sem formação acadêmica. A Universidade de Fortaleza foi a primeira no Ceará a ofertar um curso específico de Publicidade, em 1997, formando assim publicitários, ao invés de comunicólogos, ou seja, comunicadores sociais habilitados em Publicidade e Propaganda.
Na Universidade Federal do Ceará, no entanto, a graduação em Publicidade e Propaganda nasceu no contexto da tradição de Curso de Comunicação Social, que se configurou como polivalente e atuou nesta condição por 23 anos. O sistema de habilitações foi aprovado pelo CEPE/UFC somente em 1987, com a perspectiva de serem implantadas habilitações em Jornalismo, Publicidade e Rádio.
A habilitação em Jornalismo foi criada no ano seguinte, mas a habilitação em Publicidade aguardou mais 10 anos e a habilitação em Rádio não apresenta perspectivas de implementação. Por esta razão, muitos estudantes interessados em publicidade precisaram cursar a graduação polivalente em Comunicação Social ou, mais tarde, a habilitação em Jornalismo.
O curso de Comunicação Social – Publicidade e Propaganda da UFC surgiu após uma campanha dos alunos de Jornalismo, que chamaram a atenção da Administração Superior da Universidade, através do slogan: “Publicidade na UFC é só propaganda”. A necessidade da criação deste novo curso foi observada e discutida, tornando-se realidade em 1998. A primeira turma matriculada iniciou as aulas no primeiro semestre de 1999 e possuía vinte e cinco alunos. Porém, com a criação da habilitação e todas as dificuldades enfrentadas durante o início do seu funcionamento, como a falta de professores especializados na área e deficiência na estrutura laboratorial do curso, uma imagem externa negativa da habilitação na UFC foi formada pela sociedade. Assim, muitos estudantes ingressavam no curso, mas por terem receio da qualidade, acabavam desistindo ou migrando como transferidos para outras Universidades.
Hoje, após várias reformulações na estrutura, aquisição de novos equipamentos e contratação de professores especializados na área, a habilitação em Publicidade e Propaganda da UFC vem se consolidando e sendo cada vez mais reconhecida. Uma das grandes mudanças vividas no curso foi a implantação de uma nova estrutura curricular em 2006, com a criação de disciplinas que antes não eram contempladas no currículo, tais como Direção de Arte e Redação Publicitária, além da possibilidade de realização do Projeto Experimental de Produção Publicitária. A estrutura física teve uma grande melhoria. Aparelhos como câmeras de vídeos, gravadores e computadores foram adquiridos. O corpo docente também foi ampliado através de concursos que trouxeram para o curso os primeiros professores especializados em publicidade e propaganda.
Também pode ser destacado o desenvolvimento de projetos interdisciplinares e de integração Universidade e aluno, como o PETCOM (Programa de Educação Tutorial do curso de Comunicação Social), Liga Experimental de Comunicação, Agência de Publicidade Rastro, Programa de Assessoria Técnica e Cultural às Rádios Comunitárias do Ceará, Oficina de Quadrinhos, Tvez-Educação para o uso crítico da mídia e Grupo de Pesquisa da Relação Infância, Adolescência e Mídia. Estes projetos funcionam de forma a estimular o aluno a aplicar na prática os conteúdos aprendidos em sala de aula.
Em 2008, o Instituto de Cultura e Arte (ICA) foi oficialmente instalado como Unidade Acadêmica, passando a desenvolver plenamente atividades de Ensino (graduação e pós-graduação), Pesquisa e Extensão. Os cursos de Comunicação Social tornaram-se parte integrantes do ICA, mudando suas
estruturas hierárquicas, antes submetidas ao Centro de Humanidades e ao Departamento de Comunicação Social.
Todas essas mudanças só demonstram o quanto o curso evoluiu em sua história. Atualmente o curso de Comunicação Social – Publicidade e Propaganda organiza-se em torno da integração das atividades de ensino, pesquisa e extensão. Através de um trabalho integrado da Universidade, dos docentes, dos alunos e dos servidores, este desenvolvimento tem sido um processo contínuo, visando sempre implementar melhorias a favor de uma educação de qualidade que una teoria fundamental e crítica ao engajamento da prática profissional.